A LINGÜÍSTICA DESCRITIVA
Paulo Froehlich
unpublished
O presente trabalho constitui um relatório das principais técnicas e princípios fundamentais da lingüística descritiva usadas por vários pesquisadores, embora sem a preocupação de estabelecer ligação formal com esta ou aquela orientação lingüística. Estas técnicas de análise descritiva são exemplifi-cadas através de problemas com base em específicos corpus lingüísticos. Não constitui um relatório crítico dos vários mé-todos paralelos ou divergentes de descrição lingüística existen-tes
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... . Isto resulta de absoluta falta de tempo para a apresentação de um trabalho de maior fôlego, pois encontra-se o autor pressionado na elaboração de um outro trabalho com prazo curto e que exige muito maior atenção nas circunstân-cias atuais. Finalmente, serão apresentadas algumas conclu-sões práticas que a lingüística descritiva poderá sugerir para o estudo das línguas vivas, sem entretanto, prescrever regras absolutas e infalíveis. I) CONCEI TUAÇÂO Para conceituar bem o que se entende por lingüística des-critiva são muito apropriadas as seguintes afirmações proferi-das por Zellig S. Harris no seu livro Structural Lingulstics (cap. 2, Preliminares Metodológicas, pp. 5-6): "A Lingüística Descritiva, como o termo está sendo usado, é um campo particular de pesquisa que trata não da totalidade das atividades da fala, mas das regularida-des em certos traços fônicos. Estas regularidades se encontram nas relações de distribuição entre os traços fônicos em questão, i.e., a ocorrência desses traços rela-tivamente uns aos outros, dentro de enunciações. É cer-tamente possível estudar as várias relações entre partes ou entre traços fônicos, p. ex. semelhanças (ou outras relações) de som ou de sentido, ou relações genéticas na história da língua. Entretanto, a principal pesquisa da
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