A modernidade em Baudelaire por Walter Benjamin

Allan André Lourenço, Douglas Ferreira Barros
2017 XXV Congresso de Iniciação Científica da Unicamp   unpublished
Resumo Charles Baudelaire ocupou um espaço de destaque na produção intelectual de Walter Benjamin durante a década de 1930. Isso se deveu ao fato de sua lírica refletir a nova postura dos habitantes das grandes cidades: a reação aos choques. As multidões e as metrópoles deram forma a um tipo de vivência que fragmenta a experiência da tradição e intensifica o isolamento do indivíduo diante de seus semelhantes, o sujeitando a um automatismo e a um processo gradativo de massificação. Essa nova
more » ... ciência dos sujeitos, quem em Baudelaire aparece sob o nome de spleen, confronta-se diretamente com o ideal, enquanto imagem utópica e rememoração de uma forma de experiência que não pode mais existir. O spleen como consciência permanente da catástrofe, conforme definiu Benjamin, possui íntimas articulações com o judaísmo heterodoxo do qual era associado. Nesse sentido, o presente trabalho tem como escopo uma análise das afinidades eletivas, no sentido weberiano do termo, entre a filosofia da história benjaminiana e o messianismo judaico, levando-nos a concluir que o elemento catastrófico é um fenômeno que intersecciona tanto seu trabalho materialista sobre Baudelaire como também sua religiosidade judaica, que mesmo parecendo oculta ela ainda opera secretamente em sua ensaística. Palavras-chave:
doi:10.19146/pibic-2017-78147 fatcat:yimwrzctmfexzgp2n4jqnvrujq