EDITORIAL Nesta edição, a REBRAE -Revista Brasileira de Estratégia apresenta mais sete artigos sobre o tema estratégia, abrangendo pesquisas teórico-empíricas e ensaios teóricos, realizados sob abordagens metodológicas diversas. Essa diversidade de temas a partir de diferentes abordagens, como já ressaltado em outros editoriais, é salutar para a sedimentação e os avanços no campo da estratégia organizacional. Entende-se que é a partir da exposição de ideias e de conceitos, nem sempre

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... s, que se dá o crescimento e o amadurecimento da produção científi ca. No primeiro artigo, a autora (Claudia M. Vicentine), ao abordar o tema inovação, por meio de estudo de caso do Cirque du Soleil, ressalta que o processo de criação deve estar alinhado com o foco estratégico da organização. Ela ressalta, também, que é a partir da inovação que as organizações superarão os desafi os econômicos e socioambientais em cenários competitivos, característicos do século atual. No segundo artigo, os autores (Alex Sandro Q. Weymer e Belmiro Valverde Jobim Castor), por meio de uma pesquisa qualitativa e de concepção descritiva e explicativa, analisam como a reconfi guração do setor portuário infl uenciou o processo de gestão de mão de obra dos operadores portuários. Eles se utilizaram da metodologia de análise de conteúdo e buscaram respaldo teórico na teoria da agência. Tais autores concluem que, além da posição desprestigiada dos sindicatos no ranking de grau de importância e da "inconformada conformidade" por parte dos operadores portuários em contratar mão de obra avulsa, existe um sentimento de perda e de insatisfação na relação principal/agente. No terceiro artigo, o autor (Daniel Fonseca da Luz), usando a abordagem de estudo de caso em uma grande montadora automotiva localizada em Gravataí, RS, mostra como a informação de custo apresentada para o chão de fábrica, por meio de indicadores de desempenho de times de trabalho, infl uenciou a gestão de custos das equipes de trabalho. Ele conclui que a exposição dos indicadores despertou nos times de trabalho uma preocupação com resultados, algo que normalmente seria desprezado por trabalhadores da área operacional. No quarto artigo, os autores (Luciano Munck, André Luis Silva e Rafael Borim de Souza), por meio de um ensaio teórico qualitativo, descritivo e bibliográfi co, inter-relacionam as principais confl uências entre a perspectiva de Guerreiro Ramos e a proposição do agir organizacional de Bruno Maggi. Os autores do artigo buscam com isso apresentar subsídios teóricos no que se refere às bases da gestão, de modo a elucidar o processo de construção das capacidades dinâmicas pelos agentes sociais em seu agir organizacional. Eles concluem que, embora com uma defasagem cronológica de 40 anos entre os estudos, há similaridades nas conclusões destes, notadamente ao se perceber que o agente social, por suas competências elementares empreendidas em seu agir, promove as capacidades dinâmicas nas organizações.