TERAPÊUTICA CLÍNICA DOS PROBLEMAS OCULARES
Sidney Júlio De Faria e Sousa
1997
Medicina (Ribeirao Preto Online)
RESUMO: Existe um arsenal farmacológico muito vasto para o diagnóstico e tratamento dos problemas oculares. As vias de administração incluem a tópica, subconjuntival, retrobulbar e sistêmica. O presente trabalho faz um resumo das principais medicações oculares de uso corrente, separadas em agrupamentos terapêuticos. UNITERMOS: Terapêutica. Farmacologia. Medicamentos. Olho. 90 Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: OFTALMOLOGIA PARA O CLÍNICO 30: 90-93, jan./mar. 1997 Capítulo XIV PRINCIPAIS
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... TERAPÊUTICOS I. Parassimpaticolíticos Esses agentes são utilizados, em Oftalmologia, como inibidores do músculo ciliar e como dilatadores da pupila. O relaxamento do músculo ciliar alivia a dor das iridociclites e inibe a acomodação nos exames da refração ocular. A midríase ocorre por bloqueio do músculo dilatador da íris. É utilizada nos exames do fundo do olho e na prevenção de sinéquias inflamatórias da íris com o cristalino. Os principais produtos do mercado são: • Atropina colírio 0.5% e 1.0%: cicloplégico forte e de ação prolongada (até 10 dias). Usado freqüentemente nas inflamações oculares. • Ciclopentolato colírio 1.0%: cicloplégico forte, com duração de 8 a 12 horas. Muito usado nos exames refratométricos e boa alternativa para as inflamações oculares. • Tropicamida colírio 0.5% e 1.%: duração de 3 a 5 horas. Excelente para midríase, razoável para uso nas uveítes anteriores discretas e refratometria. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DAS MEDICAÇÕES OFTALMOLÓGICAS São quatro as vias usadas para a introdução de medicações nos tecidos oculares: tópica, subconjuntival, retrobulbar e sistêmica. A via tópica é a dos colírios oftálmicos. Garante altas concentrações nos tecidos superficiais do olho, câmara anterior, íris e corpo ciliar com instilações freqüentes no saco conjuntival. Permite, ainda, o uso de medicamentos de alta toxicidade sistêmica como a neomicina e o nitrato de prata. A via subconjuntival é usada em substituição à tópica, nos casos em que não haja possibilidade ou interesse de se fazerem freqüentes instilações de colírio. A via retrobulbar é uma alternativa à via sistêmica. É escolhida, quando se desejam altas concentrações de medicações no pólo posterior do olho, inclusive no corpo vítreo. É muito usada nas anestesias locais para cirurgias de catarata, transplantes e outras. A via sistêmica constitui forma eficaz de terapêutica das doenças intra-oculares. A eficiência dessa via é limitada pela toxicidade das medicações e pela barreira hematoaquosa. Essa barreira é particularmente importante para os antibióticos.
doi:10.11606/issn.2176-7262.v30i1p90-93
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