Introdução: Os estados reacionais, manifestações imu-nológicas agudas no decorrer de uma doença infecciosa crônica, representam uma urgência clínica exigindo ma-nejo multiprofissional em tempo hábil dos profissionais de saúde interrompendo portando o processo de dano neural periférico que cursa com incapacidades físicas. Objetivos: Analisar e caracterizar as reações hansênicas durante a poliquimioterapia em indivíduos tratados no período de 2002 a 2009. Métodos: Estudo observacional

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... o, cuja fonte de informações foram 440 pron-tuários sob a análise de múltiplas variáveis epidemioló-gicas, clínicas e laboratoriais. Resultados: 84% (211/251) dos pacientes apresentaram reação durante o tratamen-to, sexo masculino com 69,66% (147), idade entre 40 a 59 anos 54% (114), forma clínica DT 35% (74), reação tipo 1, 63,5% (134), média de 1,7 surtos reacionais por paciente, com 42,65% (90) dos pacientes iniciando o tratamento em reação. Índice baciloscópico com 61,61% (130) e Elisa anti-PGL-I 64% (135) positivos no diagnóstico estão associados à maior freqüência de reações durante o tratamento. Os achados laboratoriais alterados no diagnóstico dos pa-cientes reacionais durante tratamento foram 21% (45) com leucocitose que atribuiu o Risco Relativo (RR) de 2, para ocorrência de reação, plaquetopenia 15,63% (33), RR=1,81 e desidrogenase lática elevada 28,43% (60), RR=1,41. Con-clusão: O mapeamento do perfil clínico, epidemiológico e laboratorial dos indivíduos acometidos pelas reações hansênicas durante o tratamento, almeja a possibilidade da criação de protocolos de acompanhamento clínico e atendimento preventivo aos danos neurais causados pe-los estados reacionais. Palavras-chave: hanseníase; reações hansênicas; inca-pacidades físicas. Suporte Financeiro: FAPEMIG, CNPQ, CAPES, FNS/MS.