Apresentamos resultados de pesquisa de Mestrado, concluída em 2015, quando se investigou se os graduandos do curso de Pedagogia podem assumir a posição de sujeitos-autores, durante a realização do estágio curricular. Apoiamo-nos, também, na Análise de Discurso francesa (pecheuxtiana), na teoria Sócio-Histórica do Letramento e nos estudos de Formação Inicial de Professores. Com base na análise discursiva dos recortes oriundos dos questionários realizados, compreende-se que o sujeito-estagiário,

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... uando ocupa o lugar de "intérprete-historicizado", consegue romper os sentidos legitimados e instituídos pela escola, deslocar-se para outras formações discursivas e conhecer outras zonas de sentido, requisitos basilares para se constituir autor. Por outro lado, quando lhe é vetado inscrever-se em diferentes formações discursivas, que não as que a escola reconhece como legítimas, raramente consegue posicionar-se como intérprete-historicizado, problematizar a docência e seus desafios e ressignificar sentidos institucionalizados. Nessas condições de produção, a assunção da autoria é afetada negativamente. Defendemos que os estágios curriculares, um dos momentos destinados à formação do futuro professor, tornam-se significativos aos graduandos quando são autorizados a interpretar e a se constituírem autores de suas práticas, saberes e fazeres pedagógicos.