Importância do componente C5 do sistema complemento para o controle de leptospirose in vivo em modelos murinos
[thesis]
Íris Arantes de Castro
AGRADECIMENTOS Aos meus pais e minhas irmãs, por tudo o que representam para mim, pelo apoio em todos os momentos, e sem os quais eu não seria o que sou nem estaria onde estou agora. A Prof. Dr. Lourdes, que me aceitou no laboratório e confiou a mim a execução deste projeto, permitindo que eu crescesse profissionalmente e aprendesse não apenas a "executar tarefas", mas a refletir sobre o que está sendo realizado. A Dr. Angela Barbosa, pela ajuda oferecida durante o projeto. Aos professores do
more »
... partamento de Imunologia, pelas aulas, discussões e toda a ajuda fornecida nesses últimos três anos. A todos os funcionários do departamento e do instituto, pelo fornecimento e manutenção dos camundongos utilizados neste projeto, o auxílio fornecido desde a inscrição para a prova de ingresso no programa até a entrega desse texto aos professores que compõem a banca, e pela manutenção de um espaço agradável onde pude passar bons momentos. A Fapesp pelo auxílio financeiro fornecido durante toda a execução do projeto. Ao CNPq pelo auxílio financeiro fornecido no início do mestrado. A BioClin pelo fornecimento dos kits para dosagem de parâmetros bioquímicos no soro dos camundongos. A Lorena Bavia, companheira de bons e maus momentos que me recebeu no laboratório e foi muito importante para a minha formação. A todos os colegas e ex-colegas do laboratório (José Antônio, André, Leandro, Alfredo, Marlene, Tatiana, Adriana, Mónica, Karina, Daniella, Lorena), pela ajuda, as risadas e os bons momentos que passamos no laboratório. Aos colegas do departamento e do programa em imunologia, pelas conversas e risadas nos corredores. Aos ex-colegas de graduação, que mesmo seguindo direções diferentes continuam próximos, sempre ajudando quando possível. Ao Prof. Dr. Sílvio de Arruda Vasconcellos, pelo fornecimento das leptospiras utilizadas nas infecções dos camundongos. A Zenaide, pela paciência em conciliar seu trabalho com os períodos de infecção dos camundongos e a ajuda oferecida constantemente para facilitar a execução deste projeto. Ao Prof. Dr. Carlos Peleschi Taborda, por permitir que eu utilizasse o biotério do departamento de microbiologia para manusear os camundongos infectados. Ao Prof. Dr. Thales de Brito, pela análise histopatológica dos camundongos e e todo o conhecimento que foi passado nesse período. A Ana Maria, pela realização das reações de imuno-histoquímica e as conversas que tivemos durante os experimentos. A todas as pessoas que participaram deste projeto, sem as quais não seria possível executá-lo. Ao Paulo Albe pela confecção das lâminas histológicas. A Rosana Prisco pela ajuda com a análise estatística dos resultados. Dois senhores pescavam a beira de um rio quando observaram um macaco voando a sua direita. Após certo tempo de paz, observaram outro macaco voador. Ao observar o terceiro macaco voador, um dos senhores perguntou para o outro: -"E aí?"ao que seu amigo respondeu: -"Deve que o ninho deles é para lá". Aula de estatística com Júlio C. R. Pereira RESUMO CASTRO, IA. Importância do componente C5 do Sistema Complemento para o controle de leptospirose in vivo em modelos murinos. [dissertação (Mestrado em Imunologia)]. São Paulo: Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo; 2014. Camundongos são considerados animais resistentes à infecção por leptospiras patogênicas, enquanto hamsters e cobaias têm sido os animais de escolha para se estudar a patogenicidade desta infecção. Poucos estudos têm sido feitos em modelos murinos para se entender os mecanismos imunes efetores contra este tipo de bactéria. Considerando-se que o Sistema Complemento é fundamental para a eliminação deste patógeno in vitro, investigamos se camundongos C5 deficientes seriam mais suscetíveis à infecção pela Leptospira interrogans sorovar Kennewicki estirpe Pomona Fromm (LPF) do que camundongos C5 normais. Empregamos as linhagens isogênicas A/J C5 -(A/J C5 deficiente -C5 -/-) e B6 C5 + (C57Bl/6 C5 suficiente -C5 +/+ ) e os camundongos congênicos A/J C5 + e B6 C5 -, ambos gerados em nosso laboratório, para este estudo de infecção in vivo. Camundongos C5 deficientes, independente da linhagem, possuem menor porcentagem de linfócitos T CD8 + na circulação periférica do que os animais C5 suficientes, enquanto B6 C5possui menor porcentagem de linfócitos T CD4 + que B6 C5 + . Camundongos B6 C5infectados por LPF possuem menores níveis de TNF, IL-6, IL-10, IL-12p40 e IL-12p70 no rim, enquanto animais A/J C5apresentam maiores concentrações de TNF e IL-6 no rim que A/J C5 + . Embora a presença de C5 não tenha influenciado a capacidade dos camundongos de eliminar as leptospiras do organismo, sua presença em animais B6 agravou as lesões hepáticas causadas por estes patógenos, mostrando um efeito dependente de C5 e do fundo genético dos camundongos. O número de leucócitos presentes na circulação periférica, bem como as proporções de neutrófilos, monócitos e linfócitos B foram influenciados somente pelo fundo genético das linhagens e pelo tempo de infecção. Esse comportamento também foi observado no desenvolvimento de esplenomegalia e para a síntese de citocinas pró-inflamatórias no sangue (IFN-, TNF-α e IL-6). A análise histopatológica dos órgãos dos camundongos confirmou a presença de lesões pulmonares em todas as linhagens e a proliferação de linfócitos T e B nos folículos linfoides associados à bainha periarteriolar presentes no baço dos camundongos, independente de C5. Nossos resultados mostraram a influência de C5 em poucos dos parâmetros analisados, os quais poderiam diminuir a capacidade de resposta imune dos camundongos C5durante a infecção por leptospiras. Contudo, estas diferenças não foram suficientes para afetar a capacidade dos camundongos em controlar esta infecção, sugerindo uma importância relativamente pequena de C5 neste modelo. Palavras -chave: Sistema Complemento. C5. Leptospira interrogans. Resposta inflamatória. Camundongo. ABSTRACT CASTRO, IA. Role of complement component C5 to in vivo leptospirose control in murine models. [Masters thesis (Immunology)]. São Paulo: Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo; 2014. Mice are considered resistant to infection by pathogenic leptospires, while hamsters and guinea pigs have been considered resistant. Few studies using murine models have been used to understand the immune effector mechanisms against Leptospira genus. Since Complement System is important to eliminate leptospiras in vivo we wondered if C5 deficient mice would be more susceptible to infection by Leptospira interrogans serovar Kennewicki type Pomona Fromm (LPF) than C5 sufficient mice. In this study we have used the isogenic strains A/J C5 -(A/J C5 deficient -C5 -/-) and B6 C5 + (C57Bl/6 C5 sufficient -C5 +/+ ) and the congenic strains A/J C5 + e B6 C5 -, both generated at our laboratory. Independent of the strain, C5 deficient mice have lower percentage of T CD8 + lymphocytes in peripheral circulation than C5 sufficient mice, while B6 C5mice have lower percentage of T CD4 + lymphocytes than B6 C5 + . B6 C5mice infected by LPF present lower levels of TNF, IL-6, IL-10, IL-12p40 and IL-12p70 in the kidney, while A/J C5mice present higher concentrations of TNF and IL-6 in the kidney than A/J C5 + . Although the component C5 apparently is not important to eliminate LPF in the liver and spleen of mice, the presence of this protein in B6 infected mice increased lesions in the liver of infected animals. The number of leukocytes in peripheral circulation and the percentage of neutrophils, monocytes and B lymphocytes were influenced only by genetic background of the strains. In addition, splenomegaly and concentration of pro-inflammatory cytokines in serum (IFN-, TNF-α and IL-6) were not influenced by C5. Histopathologycal analysis confirmed the presence of lung lesions in all mice strains and proliferation of lymphocytes in splenic B-cell corona, independently of C5. Our results showed a minor participation of C5 in the parameters analyzed, which could reduce the immune response of C5mice. However, no significant differences between C5 + and C5mice enough to control the infection by LPF were observed suggesting that C5 is not important in this in vivo experimental model.
doi:10.11606/d.42.2014.tde-27112014-081410
fatcat:lnkdmn2jhre3jazz6g7szw4i6a