Políticas sociais e educação: o programa alfabetização solidária e a participação das instituições de ensino superior na sua implementação [thesis]

Gladys Beatriz Barreyro
The object of this research is a policy -the Solidarity in Literacy Program -and, particularly, its execution by Higher Education Institutions. The aims were: A) to explain the characteristics of the social policies deriving from the context of reform and changes in the role of the Latin-American States, specially the Brazilian, policies that were influenced by neoliberalism that, through decentralization, privatization and targeting, acquire new forms to, therefore, explain the
more » ... character of the Program; B) analyze the educational policies of the decade, specially the municipalization, the introduction of the Fund for the Maintenance and Development of Basic Education and Teacher's Valorization (FUNDEF), that excluded the youth and adult education of the finance, and the expansion of higher education, to understand the arising of this Program; C) to explain, analyze and interpret the politics in action, showing how the Higher Education Institutions that went through a process of expansion with new rules for evaluation, accreditation and recognition, implanted this Program, known, in this new context, as a positive balance. The chosen theoretical reference was based on the study of the Latin-American social policies and educational policies from the nineties, especially in Brazil. The methodological procedure used were the gathering of bibliography and documents produced on and for the Program, interviews with different participants of the Program (extension rectors, coordinators, teachers of reading and writing, etc) and class observation. The results show that the Program was, indeed, a governmental policy of literacy for youth and adults, though it claims to be non-governmental. Its shape spread a model of execution of social policies that used neo-liberal ideas adapted to Brazil such as: public and private finance, use of cheap and temporary labor force, the philantropization of social problematic and outsourcing in the execution through Higher Education Institutions. The Program gave opportunity to those institutions to develop activities such as extension and training, and valuable experiences of research, material production and involvement with the problematic of Youth and Adult Education. Program; Higher Education Institutions. --V A Héctor, Luz e Fabrício, "mis amores". --VI AGRADECIMENTOS A minha orientadora, Rosinha, pela paciência e encorajamento que teve com uma estrangeira que queria estudar sobre o Brasil e, perante minhas dúvidas, trouxe o exemplo, nada menos, que dos brasilianistas, dissipando imediatamente as minhas ressalvas. Pela abertura de outras perspectivas. Pela enorme paciência com o portunhol e o enorme trabalho de correção. Pelos "percursos" realizados. Ao prof. Dr. Afrânio Mendes Catani, mentor da minha viagem ao Brasil, pela confiança depositada e por tantos assessoramentos sobre os costumes e o "campo intelectual" que me foram e são de muita utilidade. Aos meus professores da Faculdade de Educação da USP com quem tanto aprendi sobre política educacional brasileira: Lisete Arelaro, Romualdo Portela, Evaldo Vieira. Muito especialmente a César Augusto Minto, que sempre foi um apoio, como é com todos os seus alunos, pela sua extraordinária dedicação e empenho como professor. Aos meus colegas, pós-graduandos durante os anos da USP: Jorge, Sabrina, Luiz, Patrícia, Alberto, Rosana G, Rosana C, Márcia e, especialmente, à amiga Andréa Barbosa, por debates, bibliografias e outros momentos compartilhados. Também pelas ajudas com a língua. À Maria Elena Proto, da embaixada brasileira em Buenos Aires, pelo apoio. À Solange e Raquel da EDA-FEUSP, sempre solícitas e positivas. Assim como a Cláudio e Edmilson da Pós. Aos participantes do Programa Alfabetização Solidária, que me permitiram coletar os dados de campo: Flávia, Rosangela, Rafaela, Maria Angélica, Naldeli, Ana Cristina. Também as (três) Denises, especialmente Denise V. que com seu velho carro me levou a percorrer salas da região do Alto Tietê. À profa. Stella, que me abriu os espaços de capacitação à pesquisa, como também a profa. Alice, que fez a mesma coisa. A Jany, a Irani, a Daniella. A todos os coordenadores, alfabetizadores e alfabetizandos que tão gentilmente responderam perguntas e aceitaram ser observados nas suas aulas. Especialmente aos alfabetizandos, que achavam uma honra minha visita, quando era justamente o contrário: eles que me permitiam ouvi-los e me confirmavam tantas hipóteses tecidas. Aos alfabetizadores e alfabetizandos de Alagoas, com quem compartilhei situações e experiências que me marcaram e me permitiram conhecer muita coisa do Brasil, que nem brasileiros conhecem. Ao Prof. Dr. Adolfo Calderón, pela sua colaboração abrindo portas, emprestando bibliografia e discutindo idéias, mesmo com as nossas diferenças --VII de opinião. Ao Prof. Dr. Dilvo Ristoff, Diretor de Avaliação da Educação Superior do INEP, que me facilitou o acesso aos pró-reitores que entrevistei e com quem aprendi muito sobre a Educação Superior brasileira e a construção -empírica -das políticas educacionais. A Silvia Adoue e ao "grupo Negri" de discussão política, pelo nosso intercâmbio; sua profunda formação política teórica e prática me ajudou a esclarecer e questionar... e também pela nossa amizade. A Pedro Ortiz, cuja confiança e ajuda foram muito importantes na minha permanência no Brasil e cujo apoio de irmão não é comum encontrar em nenhum lugar do mundo. A Claisy Marinho, pelas nossas interpretações e esclarecimentos sobre teses, em linguagem psi-lacaniana, a caminho ao aeroporto, que ela nem sabe quanto me ajudaram. A Marlis Polidori, meu alter-ego brasileiro (perdão, "gaúcho"), por razões similares. A ambas, pelas experiências acadêmicas compartilhadas, que me mostraram que competência, responsabilidade, amizade e construção conjunta acontecem, além de países, formações, ideologias e gênero. A minhas amigas Maria Comito e Mirta Varela por isso, pela amizade que me acompanhou à distância. A Héctor López Girondo, porque faz tempo que percebi que eu não encararia tantos desafios sem ele, que sempre me encorajou, ajudou e topou idéias ousadas, como vir ao Brasil fazer pós-graduação. A Luz e Fabrício, filhos e talvez vítimas (ou beneficiários?) das ousadias dos pais. A minha mãe e ao meu pai, este que já não está e que teria curtido muito sua filha, doutora, com a conotação que isso tem na Argentina, e de quem sinto muita saudade.
doi:10.11606/t.48.2005.tde-23012013-162535 fatcat:cixoz22o4bgizgqvw7jvxkkwhm