A vigilância punitiva: a postura dos educadores no processo de patologização e medicalização da infância
[book]
Fabiola Colombani Luengo
2010
unpublished
CIP-Brasil. Catalogação na fonte AgrAdecimentos A Deus, pela vida concedida, pela luz que me mantém serena e pela força dada todas as manhãs. À prof a dr a Elizabeth Piemonte Constantino, minha querida orientadora, pela confiança depositada em mim, pela orientação tão dedicada e minuciosa, pela paciência, pela humildade, pelo carinho em meus momentos difíceis e pela liberdade teórica que ela me concedeu. Aprendi muito com ela. Aos membros da banca, prof. dr. Carlos Rodrigues Ladeia e o prof.
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... Manoel Antônio dos Santos, pelas valiosas contribuições dadas no exame de qualificação e por aceitarem acompanhar a concretização deste trabalho. Ao meu pai Efrain (in memoriam), que sempre foi um grande amigo e companheiro de todas as horas. Sinto sua presença a todo instante e ainda ouço suas palavras que só me fortalecem. Desde criança tínhamos ricos diálogos e em cada fase da minha vida ele soube me convidar a profundas reflexões... Dedico este livro a ele, que foi um médico "higienista", porém indignava -se ao ver crianças sendo rotuladas, e a cada escola que ia mostrava -se contra os laudos e os diagnósticos médicos que, segundo ele, eram uma cruel sentença que, uma vez dada à criança, a acompanharia por toda sua vida escolar. 8 FABIOLA COLOMBANI LUENGO À minha mãe Ivone, uma mulher guerreira que sempre me apoiou e esteve ao meu lado nos momentos mais difíceis, pessoa de luz, abençoada por Deus que me dá força com sua alegria, sua energia e a sua plena dedicação; sem ela seria impossível este trabalho. Aos meus irmãos: Efrain Dario, Efrén e Franklin e à minha cunhada Rose, que, mesmo distantes fisicamente, sempre demonstraram interesse por minhas pesquisas e me apoiaram, contribuindo com várias ideias. Ao meu filho Brunno, por sua presença em minha vida, por compreender as minhas ausências, por me dar a oportunidade de viver outra infância, desta vez ao seu lado. Obrigada meu menino de luz, meu tesouro mais valioso. Ao Alonso, por ser muito mais que um amigo, por compartilhar comigo momentos de profundas reflexões, pelo apoio nos momentos de angústia e pela presença nos muitos momentos de felicidade. Obrigada pela força de todos os dias, pelo incentivo e pelas palavras de carinho. Ao Francisco, pela presença num momento tão especial, em que este sonho que hoje é realidade ainda era uma semente. À minha amiga Viviani, que com a sua amizade tão sincera sempre esteve comigo nas diversas fases desta caminhada. Aos queridos professores da pós -graduação, prof. dr. José Luiz Guimarães (in memoriam), prof a dr a Olga Ceciliato Mattioli, prof a dr a Elisabeth da Silva Gelli e prof. dr. Jose Antônio Castorina, pelas disciplinas oferecidas, que cursei todas como aluna especial. Obrigada pelos ricos momentos de reflexão, fundamentais para o desenvolvimento deste trabalho. Claudia e André, pelos encontros, pelas trocas e pela amizade que foi construída. Aos funcionários da pós -graduação, pela paciência, pela dedicação aos serviços prestados, pelas inúmeras orientações que foram A vIGILâNCIA PUNITIvA 9 dadas e por compartilhar comigo bons momentos no ano de 2008, em que fui uma das representantes discentes da pós. Aos educadores que participaram da pesquisa, pela colaboração ao fornecer os dados de forma tão cordial. Às crianças da escola em que trabalho, pois a cada dia aprendo algo com elas e sem elas esta pesquisa não teria sentido. A todos que de uma forma ou de outra participaram desta trajetória tão importante em minha vida... ... OS MEUS SINCEROS AGRADECIMENTOS. Não tenho outra maneira de superar a quotidianeidade alienante senão através de minha práxis histórica em si mesma social e não individual. Somente na medida em que assumo totalmente minha responsabilidade no jogo desta tensão dramática é que me faço uma presença consciente no mundo. Como tal, não posso aceitar ser mero espectador, mas pelo contrário, devo buscar o meu lugar, o mais humilde, o mais mínimo que seja, no processo de transformação do mundo [...] Paulo Freire Ser criança é ser arte sem ser quadro Um balanço sem criança Um rosto sem sorriso Uma escola sem risada Recreio sem correria É como palco de circo sem palhaçada Assim a vida fica sem graça Parece tudo certinho Os bancos todos enfileiradinhos Mas sem nenhuma criança na praça A escola é como a vida, lugar de encontro... Estudar, aprender, ensinar e respeitar Respeitar as diferenças Pois ser diferente não é ter doenças Os dedos da mão não são iguais E nem os adultos são os únicos normais A infância é curta e passageira Então que seja de liberdade Isso não é tirar os limites É dizer à criança que ela tem capacidade Pra isso não precisa de remédio O que ela precisa mesmo é de uma vida sem tédio Sendo assim... O balanço precisa de criança O rosto precisa de sorriso Como a vida precisa de esperança. Fabiola Colombani Luengo A históriA dA higienizAção no BrAsil: o controle, A eugeniA e A ordem sociAl como justificAtivA Apropriar -se dos conhecimentos produzidos pelos avanços das ciências naturais para justificar a higiene psíquica e moral, como propunham os higienistas, ou a depuração da raça como uma forma de abreviar a seleção dos mais fortes sobre os mais fracos, como propunham os eugenistas, é, a nosso entender, no mínimo um contrassenso.
doi:10.7476/9788579830877
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