What kind of determination is compatible with what kind of freedom? – A reply to Marcelo Fischborn

Gilberto Gomes
2019 Filosofia Unisinos  
This is an open access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0), which permits reproduction, adaptation, and distribution provided the original author and source are credited. RESUMO Embora concordando com a afirmação de Fischborn (2018) de que, segundo uma definição tradicional do compatibilismo, minha posição deveria ser classificada como a de um incompatibilista libertista, defendo aqui uma concepção diferente do compatibilismo,
more » ... olvendo, por um lado, a determinação causal local e probabilística das decisões (em lugar de um determinismo estrito universal) e, por outro, a vontade livre concebida como instanciada em decisões geradas por um processo decisório efetuado pelo cérebro, que considera conscientemente diferentes alternativas e poderia, em princípio, ter sido diferente do que foi, implicando que o agente poderia, em condições normais, ter agido diferentemente, nas mesmas circunstâncias. Após discutir diferentes perspectivas sobre a determinação causal (incluindo o determinismo) e sobre a vontade livre, faço uma revisão de algumas passagens de meus trabalhos anteriores, citadas por Fischborn. Concluo que o que é crucial na questão do (in)compatibilismo é a (in)compatibilidade entre a liberdade das decisões e a determinação causal natural das ações humanas. De acordo com essa visão mais flexível e, sustento, mais pertinente do compatibilismo, mantenho minha classificação anterior de minha posição sobre o assunto como compatibilista. Palavras-chave: livre-arbítrio, vontade livre, compatibilismo, determinismo, responsabilidade moral. ABSTRACT While agreeing with Fischborn's (2018) contention that, according to one traditional definition of compatibilism, my position should be classified as that of a libertarian incompatibilist, I argue here for a different view of compatibilism. This view involves, on the one hand, local probabilistic causation of decisions (rather than universal strict determinism) and, on the other, free will conceived as involving decisions generated by a decision-making process carried out by the brain, which consciously contemplates different alternatives and could in principle have been different from what it was, implying that the agent could in normal conditions have done otherwise in the same circumstances. After discussing different views of 1 Professor do Programa de Pós-Graduação em Cognição e Linguagem da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro. Av. Alberto Lamego 2.000, 28013-602 -Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
doi:10.4013/fsu.2019.202.01 fatcat:kxco6g32zrb57dxlqfd4x5gikq