Os lugares da psicanálise: a inscrição clínica e cultural do pensamento psicanalítico
[thesis]
Wilson Franco
Agradecimentos Agradeço ao meu orientador, Daniel Kupermann, por ter aceitado orientar um trabalho como este, e por ter me dado liberdade para seguir as mais peculiares intuições; agradeço por ter sobrevivido ao meu estilo impetuoso e por ter me ajudado a encontrar os pontos acadêmica, clínica e politicamente importantes para mim, aqueles pelos quais estou disposto a lutar. Ao grupo de orientação agradeço a paciência, os bons encontros e as sugestões e contribuições. A Barthô Vieira, Luiz
more »
... o "Ludu" Moreira, Lucas Bulamah, Rafa Raicher, Pati Amorim e Aninha Brancaleone um agradecimento especial por terem "furado" minha "bolha", se tornado amigos e pontos de apoio e por terem me ajudado a lidar com as agruras que a pesquisa impõe. À Adriana Marcondes e ao Eduardo Passos agradeço a disposição em participar do exame de qualificação, a leitura atenta do texto e as indicações preciosas. Ao Luís Cláudio Figueiredo, Nélson da Silva Jr., Paulo Endo, Stephen Frosh e Rogério Lerner agradeço a generosidade ao articular mestria e cumplicidade, e ao ensinar os caminhos e descaminhos da vida de pesquisadoraprendi muito em meus encontros com vocês, que certamente compõem a "imago de pesquisador" que me pauta os rumos! Aos queridíssimos amigos "da Alves" Rafael Lima, Paulo Beer, Hugo Lana, Pedro Ambra, Diego Penha e P.S. de Souza Jr., agradeço por acolherem um "outsider" (e ainda um não lacaniano!) entre os seus, por me fazerem sentir estranhamente em casa. Ao Paulo Beer (sim, de novo), pela brodagem, pelo trabalho conjunto, pelas discordâncias concordantes, pela cumplicidade de meninos-tímidos-introspectivosconfiantes-e-falantes que tanto bem me faz. Ao Caio Padovan, pela parceria, pela proximidade a despeito da distância, pela inspiração e modelo de pesquisador-neurótico, pela generosidade. Ao Richard de Oliveira, pela amizade, pela parceria, pela sinceridade, pela profusão de ideias e pela paciência com as minhas. À Cris Nakagawa pela amizade, pela clareza, pela gentileza e (acima de tudo) por aquela conversa no trailer da Tânia. Ao André Nader, pela amizade, pela sinceridade, pelo afeto, pelas leituras recíprocas. À Elisa Vieira, por tanto e desde sempre (e ainda que a uma certa distância). Ao Giovane Rodrigues, pela leitura cuidadosa e generosos apontamentos. A todos os meus amigosque sorte, e que alegria que sejam tantos que eu nem tente elencar! -, por sobreviverem à minha inconstância intempestiva, ao meu espírito eremita, por me ajudarem a gostar de viver, por me fazerem tão bem. Ao Téo Araújo e ao Daniel Schor, pelas ótimas leituras, conversas e debates no nosso grupo-trio sobre o cuidado em saúde (um dia o artigo sai!). À Lu Pires, ao Luizinho Amaral e Silva e à Inês Loureiro, por aguentarem minha insistência em manter contato depois do mestrado e pelos bons papos que isso rendeu. Ao Rô Alencar, ao Ludu e ao Chris Haritçalde, pelas discussões clínicas, e pelos papos que não eram discussões e não eram clínicos, ou seja: pela amizade, pelas ideias, pelas risadas, pelo convívio. À Marlene Guirado, ao Luis Fuganti, ao Nélson da Silva Jr. (de novo!), ao Chris Dunker, à Henriette Moratto, ao Marcelo Soares e à Tânia Possani e ao Alê Piné, agradeço por terem me acolhido em seus grupos e por terem me oferecido ocasiões para ler, pensar, discutir e crescer, emocional e intelectualmente. Ao pessoal do LEFE, do PET, do Recanto Maria Tereza (velhos tempos!), do CAPS Itapeva, do "Grupo de saídas" (Alê Piné e Tânia Possani, de novo) e do CAPS II Taboão, por todo o trabalho conjunto, por todo o sofrimento conjunto, por toda a parceria e os ensinamentos, por toda a luta e pelas pequenas vitórias que fazem toda a diferença pra que essa vida e essa profissão façam sentido. Ao pessoal do "Oia-Observatório" e pelo subgrupo guerrilheiro do "Grupo de Informação em Saúde Mental", pela luta, pelos ideais, pelas ideias, pelo idealismo e por todo o imenso valor que esses projetos falidos e fugazes tiveram. Aos colegas da Anhembi Morumbi, por fazerem parte desse momento tão crucial em minha formação, por me ajudarem a entender as agruras, os desafios e as imensas recompensas do trabalho docente. Aos alunos, aos supervisionandos, aos orientandos de iniciação científica, aos membros dos grupos de estudos, aos ats, aos pacientes: muito, muito obrigado! Eu não sei por que isso acontece, mas nessas ocasiões em que nos encontramos eu sinto que encontro o que de melhor me ocorre: as ideias de que tenho orgulho, a prudência e a 7 clareza que me vêm com tanta dificuldade. Obrigado por me acompanharem nessa construção. Ao meu pai, à minha mãe e à minha irmãdesde antes do começo, quando nada disso estava em jogo, vocês me apoiam; sem vocês eu não seria nada. Muito obrigado! À "família estendida"meus não poucos tios e primospela confiança, por acreditarem na minha inteligência e na pertinência do que eu faço sem saberem exatamente o que é, por aceitarem a distância que eu fui precisando impor. Ao Rui, por nunca ter aceitado essa distância, um primo que é quase um irmão: muito obrigado! Aos Arruda Tavares, família que me acolheu, agradeço o carinho, a hospitalidade e a generosidade. Ao Pedro "Smurf" Coelho e à Isolina, in memoriam. Smurf: que saudade, meu querido... que saudade! Vó: obrigado. Muito obrigado. À Talita Tavares, ainda e para sempre a casa em que vivo, o chão que me suporta, o ar que eu respiro, a beleza que me inspira, a confiança que me sustenta, a esperança que me alimenta, o horizonte que me guia, o bom senso que eu mesmo não tenho. Obrigado pelo lar, pelo apoio, pelos dias, pelo mínimo de organização, obrigado pelo amor e pela vida. Te amo! À Sushi e à Ricota, pelas conversas quando ninguém está vendo, pelas brincadeiras, pela companhia, pelo carinho e pelo trabalho imenso que dão. À Fapesp, pelo apoio financeiro através do processo 2015/02520-7 e por financiar minha viagem de pesquisa a Londres (sonho de infância!), Paris, Manchester e Florença. ABSTRACT FRANCO, Wilson de Albuquerque Cavalcanti. The locations of psychoanalysis: issues on the cultural and clinical psychoanalytical inscription. 2018. 231f. Tese (Doutorado em Psicologia) -Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018. The research focuses on the locations of psychoanalysis in clinical practice and in culture. The concept of "location" is borrowed from postcolonial thinker Homi Bhabha, for whom the locations of culture are determined by hybridism and interpenetration, which means that critical thinking has to inhabit borders, limits and (as Bhabha names it) the caesura. Derrida and psychoanalysis itself are also mobilized as constituents for the theoretical framework, which aimed to discuss the means through which psychoanalysis inscribes itself in the texts in which it operates, the culture with which it intertwines, the institutions through which it transmits itself and the clinical praxises that embody it in everyday life. Two main critical points have been issued: 1. the idea that psychoanalysis is intrinsically exceptionalwhether such exceptionality be stated in historical, epistemological, clinical or political terms, in any case the argument is that such exceptionality cannot be stated as an a priori: be it desired, it has to be constantly put under suspicion and scrutiny, has to be constantly fought for, conquered and (re)established, every time anew. 2. The location of canonical authors within psychoanalytical traditionthe recurrent notion that canonical authors confer rigor and stability to the psychoanalytical endeavour (be it theoretical, political or clinical) has been put into question; in its place the author argues for the notion that canonical authors arrange the strategical battlefield within the psychoanalytical communitywhich means they do not confer rigour: what they do is to establish the critical terms for the politics of authorization which set up the starting points for psychoanalytical practice. Throughout the text a red thread signals the main critical argument: psychoanalytical locationsin text, in culture and in clinical practicecannot be taken for granted, but have to be thought anew, systematically questioned and fundamentally (re)established, time and time again.
doi:10.11606/t.47.2019.tde-19122018-095103
fatcat:cnnc7b7ftvf2zhq24lc2ciqkvi