Conciliação trabalho-família no cotidiano de mulheres executivas: uma perspectiva de gênero
[thesis]
Melina Borges Rosa Cavalcante
AGRADECIMENTOS Esta pesquisa não seria possível sem o apoio do meu orientador, Marcelo Ribeiro. Muito obrigada pelos conhecimentos compartilhados, pela dedicação e paciência ao longo desse processo. Aos professores Luis Galeão e Tania Casado, agradeço os comentários valiosos no exame de qualificação. As suas contribuições marcaram não somente o texto aqui apresentado, mas também minha própria experiência como pesquisadora. Agradeço à Rosangela o carinho e o profissionalismo com que desempenha
more »
... as atividades na secretaria do programa de Psicologia Social. Às entrevistadas e a todos que contribuíram para a realização das entrevistas, agradeço imensamente a confiança e a vontade de fazerem parte do estudo. Essa pesquisa é resultado de um longo caminho. Testemunhar as trajetórias de vida e trabalho de mulheres que fizeram parte da minha vida despertou em mim o desejo de aprender sobre essas experiências e colocá-las a serviço de uma construção coletiva. À minha mãe e às minhas avós, agradeço com o coração cheio de orgulho e admiração. À minha tia, Maria do Espírito Santo, agradeço o ombro sempre certo nas horas incertas. Ao meu pai e aos meus irmãos, Leonardo e Ismael, por terem sonhado esse sonho comigo. Ao Bruno, meu amado companheiro, agradeço o cuidado, a paciência e a certeza de que valeria a pena. À Paula e à Nádia agradeço a leitura cuidadosa desse texto e as nossas conversas sempre inspiradoras. Ao Grupo de Estudos e Trabalho em Psicanálise e Feminismo agradeço com a certeza de que esse trabalho é fruto do desejo que compartilhamos de mudar o mundo. De fora, quais os obstáculos para uma mulher e não para um homem? Por dentro, penso eu, a questão é muito diferente; ela ainda tem muitos fantasmas a combater, muitos preconceitos a vencer. Na verdade, penso eu, ainda vai levar muito tempo até que uma mulher possa se sentar e escrever um livro sem encontrar com um fantasma que precise matar, uma rocha que precise enfrentar. E se é assim na literatura a profissão mais livre de todas para as mulheres, quem dirá nas novas profissões que agora vocês estão exercendo pela primeira vez? Virginia Woolf em Profissões para mulheres, 1931. ABSTRACT Cavalcante, Melina B. R. (2018). Work-family balance in the daily life of executive women: a gender perspective. (Dissertação de Mestrado). Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo. Despite the increasing participation of women in the labor market in the last fifty years, the low female representation in positions of high hierarchical level persists. Considering the role of gender relations in the reproduction of inequalities in the labor market, the present research investigates the challenges of work-family conciliation of women occupying positions of high responsibility in private organizations based in São Paulo. Based on the understanding of Social Constructionism of everyday life as a privileged space for analyzing the relationship between individual and society, narrative interviews were conducted in which the interviewees spoke freely about the challenges they faced during their career as women, mothers and married women. The interviews were discussed based on the following aspects of the experiences shared by the interviewees: the perception that women still need to affirm themselves in the working world; the difference of treatment given to them in the labor relations; the aspects that seem to impact the career development of women, but not of men; the daily effort for effective management of time; and the effects of the inadequacy of policies and collective practices for work-family conciliation. The balance between work and family responsibilities is considered by the International Labor Organization as a key point in establishing greater equality between men and women, both with regard to professional fulfillment and the right to exercise care activities. It is observed, however, that organizations are constituted as institutions crossed by gender relations, as well as by race and class, and reproduce inequalities as internal norms and processes are operated, contributing to the maintenance of the segregation of women in the labor market. The small presence of conciliation policies offered by the state and by private companies perpetuates the notion that individuals should be responsible for the balance of productive and reproductive activities, thus favoring the maintenance of gender stereotypes.
doi:10.11606/d.47.2018.tde-13072018-105351
fatcat:55ldxmfkdfbgbjnuq3f4w7bwli