Deleuze e a intensidade do pensamento Deleuze and the intensity of thinking

Maria Lisboa, Da Cunha, Ifch Uerj, Resumo
2007 unpublished
A filosofia de Deleuze tem como imagem do pensamento o plano de imanência percorrido pelas velocidades infinitas do devir das forças. Este movimento é o movimento dos fluxos, dos sons, das cores ou das dobras do pensamento, o pensamento como "máquina de guerra", "pensamento sem imagem", nômade. A literatura é a proposta deleuziana que privilegia a "singularidade" e a intensidade, isto é, o acontecimento, o "devir ativo" contra a representação. Abstract Deleuze's philosophy has as representative
more » ... figure of the thinking the plain of immanence crossed by the infinite speeds of the outcoming of forces. This movement is the movement of fluxes, of sounds, of colors, or of the folds of thinking, the thinking as "machine of war", as "thought without image", nomad. Literature is the Deleuzian suggestion that favours "singularity" and intensity, that is, the event, the "active outcoming" against representation. Introdução No pensamento de Gilles Deleuze, a imanência ocupa um lugar primordial. Herdeiro da tradição filosófica de Spinoza e Nietzsche, que romperam com o primado da transcendência na filosofia cuja herança é platônico-cristã, Deleuze pensa a imanência como um continuum espaço-tempo: "é um plano de imanência que constitui o solo absoluto da filosofia, sua Terra ou sua desterritorialização, sua fundação, sobre os quais ela cria seus conceitos (DELEUZE/GUATTARI, 1992, p. 58)." Para Spinoza, a imanência só é imanente a si mesma, um plano percorrido pelos movimentos do infinito. Em Nietzsche, por outro lado, a imanência se atualiza na equação vida = vontade de potência:
fatcat:26h2qbavsbdo3gkjrtku6eyqfy