Este livro contém os relatórios apresentados ao VI Simpósio Internacional sobre Fluxo Sangüíneo Cerebral, realizado em Filadelfia entre 6 e 9 de junho de 1973. Atenção especial foi focalizada no controle neurogênico da circulação e do metabolismo cerebrais, constituindo matéria de três sessões do congresso. Considerações sobre a metodologia para a medição do fluxo sangüíneo cerebral e decorrências dos respectivos resultados foram objeto de outras duas sessões. Interesse especial mereceram

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... as aplicações clínicas dos diversos métodos, principalmente no que concerne a traumatismos cranianos, doenças vasculares cerebrais, crises convulsivas, tumores intracranianos, doenças infecciosas e perturbações mentais. Em várias sessões adicionais foram considerados os efeitos experimentais do edema e da isquemia cerebrais e dos traumatismos cranianos. Finalmente, foram discutidos os efeitos de agentes farmacológicos sobre o fluxo sangüíneo e metabolismo cerebral. Os diversos relatórios que compunham cada sessão, foram reunidos em outros tantos capítulos, que eram encerrados por apreciações sintéticas de especialistas previamente convidados. No que concerne a auto-regulação, as várias comunicações confirmaram seus conceitos correntes sem trazer qualquer modificação radical. Novos dados vieram demonstrar, contudo, uma acentuada capacidade de auto-regulação em diferentes espécies, sujeita, no entanto, a uma fácil abolição, assim como uma aparente função, dessa auto¬ -regulação, na conservação de um fluxo capilar constante. Os limites da auto-regulação dependiam, segundo foi demonstrado, do modo segundo o qual a pressão de perfusão fora modificada. De qualquer forma, o quadro de auto-regulação parece ser complexo e seu mecanismo ainda não é perfeitamente conhecido. A explicação, até o momento mais plausível, reside em um efeito miogênico básico ao qual efeitos metabó¬ licos e neurogênicos podem estar superpostos. No referente ao controle químico da circulação encefálica, merecem ser mencionadas as conclusões que demonstram o papel vaso-dilatador preponderante do potássio, quando seu teor no fluído extracelular aumenta ligeiramente. Parece comprovado que o potássio assumiu o principal papel como metabólico vaso-dilatador local, quer em condições de hipóxia, quer em atividade neuronal. Um tópico de interesse particular é o fenômeno da falta de um refluxo, decorrente da lesão vascular pela isquemia difusa. Segundo opiniões muito categorizadas, parece haver dificuldade na re-instituição de um fluxo normal, através de vasos cerebrais, após períodos relativamente curtos de estase completa. Esse comprometimento resulta, em parte, de um aumento da viscosidade sangüínea e, talvez, também de um estreitamento da luz capilar. Cerca de 7,30 minutos, após seu aparecimento, pode contribuir para a morte da célula parenquimatosa. Trabalhos extensivos sobre a metodologia da medida do fluxo sangüíneo cerebral regional, por processos inva¬ sivos e não invasivos, complementam esta importante obra cuja leitura, ou consulta, consideramos indispensável para os estudiosos do assunto. ROBERTO MELARAGNO FILHO