Mestrando em Direito UFSC A interpretação, quem diria, foi parar na epistemologia. Aquilo que à primeira vista parece não apresentar mais problemas além daqueles situados no nível da mera técnica jurídica, na verdade trai muito mais do que alguns intérpretes gostariam. A par de evidenciar a visão de mundo do intérprete, a técnica hermenêutica denota relações de poder e significações dominantes na ciência jurídica à época em que ocorre. E a elucidação desses aspectos ocultos é a intenção de

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... DO A. RUSSO e LUÍS A. WARAT em sua obra "INTERPRETACIÓN DE LA LEY-PODER DE LAS SIGNIFICACIONES Y SIGNIFICACIONES DEL PODER" (Abeledo-Perrot, Buenos Aires, 1987), os quais apontam para facetas antes insuspeitadas por trás do ato interpretativo. De um lado, RUSSO, jusfilósofo vinculado à tendência jurídica de orientação analítica, elabora uma crítica contundente aos abusos da analiticidade nos estudos de Teoria Geral do Direito, acusando essa corrente de tentar construir um sistema hermético e isolado dos aspectos fácticos da realidade legislativa e tribunalícia, além dos efeitos perversos que a introdução do neo-positívismo-lógico como epistemologia privilegiada produziu nos cursos jurídicos. E isto a par da inevitável esterilidade intelectual que tal postura provoca: "... Es así que durante años se volvía una y otra vez a discutir los mismos problemas con Ias mismas palabras, y uno se sentia igual que sentado frente al