QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA PARA CONSUMO DE UMA UNIVERSIDADE DO OESTE DO PARANÁ / MICROBIOLOGICAL QUALITY OF DRINKING WATER AT A UNIVERSITY IN WESTERN PARANÁ
Eleomar de Oliveira Pires Junior, Isa Paula de Melo Amaro, Fabio Avelino Bublitz Ferreira, Valdemar Padilha Feltrin
2021
Brazilian Journal of Development
RESUMO A água é considerada um recurso finito, e por esse motivo a utilização de maneira consciente torna-a um indicador de desempenho importante, visto que existe a promoção de uso correto e racional de tal recurso. Além disso, ela também pode trazer riscos à saúde se for de má qualidade, servindo de veículo para vários agentes biológicos e químicos. Por este motivo, seis bebedouros, alimentados por água proveniente de poço artesiano, de uma universidade do oeste do Paraná, foram utilizados
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... a serem avaliados com relação a qualidade microbiológica da água de consumo. Foram realizadas as análises de contagem de bactérias heterotróficas pelo método de laminocultivo (Aquacult-Laborclin), contagem de heterotróficos em placas, determinação de número mais provável de coliformes totais e termotolerantes e análise de pH. Os resultados pelo método de laminocultivo indicaram que nenhum dos bebedouros avaliados apresentaram-se dentro do limite de 500 UFC.mL -1 de heterotróficos, estipulado pela Portaria 2.914 de 12 de Brazilian Journal of Development dezembro de 2011, ANVISA. Além disso, coliformes termotolerantes foram identificados em dois pontos de coleta, segundo a mesma Portaria a positividade destas análises é inaceitável. Possivelmente, o problema encontrado na água, está diretamente relacionado a sua origem, e a ausência de tratamento para desinfecção. Além disso, fatores como manutenção, tempo de vida útil e localidade dos bebedouros, devem ser levados em consideração, bem como a frequência de higienização dos reservatórios de água, para a garantia da qualidade da água para consumo humano. Palavras-chave: Potabilidade água para consumo, contaminação microbiológica. ABSTRACT Water is considered a finite resource, and for this reason its conscious use makes it an important performance indicator, since there is the promotion of the correct and rational use of this resource. In addition, it can also bring health risks if it is of poor quality, serving as a vehicle for various biological and chemical agents. For this reason, six drinking fountains, fed by water from an artesian well at a university in western Paraná, were used to be evaluated regarding the microbiological quality of the drinking water. Heterotrophic bacteria count by the laminoculture method (Aquacult-Laborclin), heterotrophic plate count, determination of the most probable number of total and thermotolerant coliforms, and pH analysis were performed. The results by the laminocultivation method indicated that none of the troughs evaluated were within the limit of 500 CFU.mL-1 of heterotrophs, stipulated by Ordinance 2,914 of December 12, 2011, ANVISA. In addition, thermotolerant coliforms were identified in two collection points; according to the same Ordinance, the positivity of these analyses is unacceptable. Possibly, the problem found in the water is directly related to its origin, and the lack of treatment for disinfection. In addition, factors such as maintenance, lifetime and location of the drinking fountains should be taken into consideration to ensure the quality of water for human consumption. A água é de extrema necessidade para a vida, é um recurso indispensável não só para os humanos, mas também para outros seres vivos, ou seja, é um suporte essencial aos ecossistemas (MATIAS, 2019). Com relação ao consumo humano, a água é retirada de rios, lagos, represas e aquíferos, podendo assim impactar a saúde, qualidade de vida e o desenvolvimento populacional (DE CARVALHO & MONTEIRO, 2020). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), "todas as pessoas, em quaisquer estágios de desenvolvimento e condições socioeconômicas têm o direito de ter acesso a um suprimento adequado de água potável e segura" (VIEIRA et al., 2020). O termo "segura" refere-se à água que não represente um risco significativo à saúde, e que se apresente em quantidade satisfatória de acesso, suprindo as necessidades domésticas e apresente baixo custo (ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DE SAÚDE, 2009). A potabilidade é o índice que garante a qualidade da água (MATIAS, 2019). Deste modo, a água distribuída para o consumo humano deve ser tratada, limpa, e não apresentar nenhum índice de contaminação, seja de origem química, física, radioativa e microbiológica, ou seja, em hipótese alguma deve apresentar risco a saúde humana (BRASIL, 2011). Pode-se alcançar a potabilidade através de diversas formas de tratamento, sendo o mais usual aqueles que incluem as etapas de coagulação, floculação, decantação, filtração, desinfecção e fluoretação (LUCCA et al., 2017).
doi:10.34117/bjdv7n3-728
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