A rivalidade entre Irã e Arábia Saudita através da Teoria dos Papéis após a Primavera Árabe : os casos do Bahrain e do Iêmen
[thesis]
Luíza Gimenez Cerioli
Primeiramente, gostaria de agradecer à Universidade Nacional de Brasília e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico por terem me disponibilizado o espaço e os meios para desenvolver meu mestrado e minha pesquisa. É essencial agradecer imensamente à professora Vânia, que me guiou com incrível dedicação nesses dois anos de UnB, não somente como orientadora de dissertação, mas também como uma conselheira pessoal. Encontrei nela um alento e um modelo profissional que me inspira a ser mais
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... feliz com minha escolha acadêmica. Eternamente grata aos meus pais, a força e o estímulo diário que recebo dos dois é, ao mesmo tempo, segurança e combustível para seguir buscando o melhor de mim. Grata também à existência dos meus três irmãos de outras vidas, Isadora, Pedro e Mirela. O carinho, o amor, a amizade e as risadas de vocês são provas que distância é só algo físico. E, finalmente, obrigada Brasília, por essa recepção tão maravilhosa. Obrigada pelas amigas e amigos fantásticos que me deste e que foram essenciais para que minha estadia aqui fosse tão deliciosa, tranquila e amorosa. Sou muito grata por ter tido a oportunidade de ter conhecido essas pessoas que admiro tanto. Todo o esforço desse trabalho é dedicado à minha querida vó Lourdes, que deveria estar aqui me assistindo. RESUMO A República Islâmica do Irã e o Reino da Arábia Saudita são atores que rivalizam por liderança e por influência no Golfo Pérsico. Essa competição por predominância regional é de longa data, porém se tornou especialmente significativa após a Primavera Árabe, termo que se refere a uma série de manifestações populares no Oriente Médio iniciadasnos últimos meses de 2010. Essa rivalidade é estimulada por divisões regionais políticas, religiosas e identitárias, que são capitalizadas por Teerã e Riad para expandir sua influência no Golfo. Assim, o objetivo dessa dissertação é compreender tal competição através de uma abordagem construtivista de Relações Internacionais, aplicando a Teoria dos Papéis para analisar o comportamento iraniano e o saudita nos casos da Primavera Árabe no Bahrain e no Iêmen. Osestudos de caso foram escolhidos por serem os únicos do Golfo em que ocorreram conflitos armados e por serem considerados guerrasproxy entre Irã e Arábia Saudita, nas quais os sauditas apoiam os governos e os iranianos, os manifestantes. Sugere-se aqui que Teerã e Riad projetam papéis nacionais específicos que são relevantes para a análise de suas políticas externas, como o papel de bastião das revoluções para os iranianos e o de agente anti-instabilidade para os sauditas. A Teoria dos Papéis pondera que os Estados atuam de acordo com seus diversos papéis, que são construções cognitivas dos tomadores de decisão de qual identidade estatal o país deve projetar no sistema internacional. Dessa maneira, nesta dissertação objetiva-se compreender as reações sauditas e iranianas nesses dois casos através da análise de seus papéis nacionais. Como conclusão, busca-se encontrar um melhor entendimento da dinâmica de rivalidade regional do Golfo através de uma abordagem teórica pouco utilizada nesses estudos. Palavras-chave: Irã.Arábia Saudita. Teoria dos Papéis. Bahrain. Iêmen.Primavera Árabe.
doi:10.26512/2016.12.d.22628
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