O presente artigo trata da descrição de experiências quanto a aprendizagem ativa durante a realização da disciplina 'Projeto Integrado 2', oferecida pelo curso de Design em uma Universidade. Aplicou-se a mesclagem de metodologias ativas de aprendizagem em dois níveis de colaboração e integração de disciplinas. Como resultados, observou-se que o nível multidisciplinar de integração entre disciplinas apresentou-se em menor nível de dificuldade em relação ao nível interdisciplinar e, ainda, que o

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... so de ferramentas dinâmicas e ativas favoreceram o processo de motivação, engajamento e bom andamento das atividades da disciplina em questão. palavras-chave: Aprendizagem ativa; Ensino; Design; Projeto Integrado Introdução No âmbito profissional, a experimentação projetual durante a vida acadêmica, em situações temáticas diversas, é imprescindível para a formação do profissional da área do Design. Ou seja, é inegável que projetar seja essencial ao Designer. Para Dantas e Campos (2006), o ato de projetar requer a compreensão de determinados procedimentos e mecanismos de construção, conduzidos em um processo articulado e racionalizado para, então, nortear o desenvolvimento do projeto. Para as autoras, tal compreensão é absorvida em sala de aula, na maioria das vezes, com o objetivo de proporcionar autonomia ao aluno na ação do projetar, podendo ser trabalhada por inúmeras estratégias de ensino. A atividade de ensino, em disciplinas de projeto, deve trabalhar um planejamento pedagógico efetivo para a formação do aluno nos cursos de design além da sua capacitação, vislumbrando a autonomia profissional e intelectual, isto é, o professor dessas disciplinas tem um papel crucial e deve ter uma atuação que proporcione aos alunos uma visão contextual do conhecimento adquirido ao longo do curso, destacando sua responsabilidade profissional (OLIVEIRA, 2009; MARTINS, 2014). Como um método de aprendizagem em disciplinas de projeto, tem-se a aprendizagem ativa que, segundo Barbosa e Moura (2013) , acontece quando o aluno é estimulado a construir o conhecimento adquirido durante a sua interação com a temática que está sendo estudada e trabalhada. Os autores apontam, ainda, que o professor atua como um intermediador (orientador) no intuito de facilitar a aprendizagem, sem uma postura passiva como se fosse a fonte essencial das informações inerentes à temática em questão ou ao do conhecimento a respeito. Desta forma, o presente artigo trata de uma descrição quanto a aplicação da aprendizagem ativa durante a realização da disciplina "Projeto Integrado 2", no curso de Design, oferecido pelo Departamento de Desenho e Tecnologia (DEDET), da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Utilizaram-se ferramentas dinâmicas em dois níveis de integração diferentes de disciplinas (multi e interdisciplinar), objetivando a motivação, o engajamento e a participação efetiva do alunado, além de trocas de saberes entre docentes e discentes. Aprendizagem ativa e o processo de ensino Conforme Barbosa e Moura (2013), para se trabalhar as metodologias ativas de aprendizagem é necessário construir a prática de ensino no sentido de oferecer ao aluno a possibilidade de "ouvir, ver, perguntar, discutir, fazer e ensinar". Assim, segundo os autores, tal oferecimento caracteriza o conceito de aprendizagem ativa. Martins e Couto (2015) destacam que, ainda, o alunado deve efetuar tarefas como análise, síntese e avaliação, ou seja, o processo de aprendizagem ativa permite que haja a indução do 'fazer alguma coisa' e, simultaneamente, a racionalizar sobre o que está sendo feito. Portanto, esse processo pode ser caracterizado como de atitude ativa do intelecto durante o desenvolvimento das tarefas, diferentemente da atitude passiva, a qual comumente caracteriza os métodos tradicionais de ensino. Beltrão (2017) enfatiza que a aprendizagem ativa, como metodologia de ensino, se opõe à aprendizagem tradicional mecânica, a qual tem como foco a memorização de conteúdo para a aplicação em circunstâncias genéricas, e propõe a ampliação das condições de favorecimento da aprendizagem aos alunos, por meio de espaços de aula mais criativos e lúdicos, uso de meios didáticos inovadores que permitam o acesso à pesquisa. A ideia é que os estudantes entendam a razão do que estão aprendendo, percebendo a importância do seu engajamento ativo durante o processo. Desta forma, em geral, as aulas são projetadas em conceitos chave, oportunizando a geração de estratégias concentradas no aprendizado significativo da base conceitual de determinadas disciplinas e nas condições do conhecimento pessoal dos alunos. Ao professor, cabe trabalhar como um tutor, facilitador, intermediador, direcionando as decisões quanto ao desenvolvimento do projeto, pontuando pareceres e avaliações interpostas. O processo inicia com a proposição de uma problematização de situações reais ("situações-problema"), a qual seja passível de várias formas de solução em procedimentos metodológicos variados, a partir daí, os alunos deverão realizar atividades desafiadoras para a sua solução, assim, gerando conhecimento extenso a respeito. Em seguida, propõem-se atividades estimulantes, como jogos, desafios, quizzes, projetos, pesquisas etc., e que mantenham o interesse dos estudantes, interligando os conhecimentos de determinadas disciplinas já cursadas e os conhecimentos relativos à disciplina em curso. Beltrão reforça, também, que as estratégias ativas