Estudos Clássicos em Debate

Helena Langrouva
2006 unpublished
Aristotle in Ethica Nicomachea argues about the search of good and happiness through the practice of reason, contemplation and intellect. This article shows how these concepts are linked together in his arguments concerning self-love, the excellence of contemplation as the happiest activity of the intellect, close to the divine, and the excellence of intellectual activity to happiness. An important argument concerns the need of a link between intellectual activity and practical life. We
more » ... the meditation on these subjects as an urgent challenge for us in XXI century. O leitor do século XXI encontra na Ética a Nicómaco de Aristó-teles um conjunto de desafios portadores de verdadeira actualidade sobre como pôr em prática a razão-λόγος-para a felicidade-εὐδαιµονία-, convidando ao exercício de liberdade interior de escolha de um caminho para a vida, para o bem próprio e da comunidade. No itinerário de procura de bem e de felicidade, Aristóteles inclui a meditação sobre a virtude, as virtudes morais e intelectuais e a necessidade de serem exercidas com prazer. De permeio a meditação sobre a justiça e a intem-perança, a amizade e a filáucia-φιλαυτία-ou amor próprio, para culminar na felicidade suprema da contemplação-θεωρία-, do intelecto contemplativo. A contemplação não é um estado, mas uma actividade que não pode ser incessantemente praticada, mesmo sendo a maior felicidade alcançável pelo espírito humano. Neste sentido, a felicidade é também a excelência da vida intelectual, da vida segundo o espírito-ὁ βίος κατὰ τὸν νοῦν-, a vida segundo a capacidade de pensar, ou seja, a vida intelectual, de preferência num contexto de bem-estar exterior e de moderação na vida prática.
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