JOVENS DIRETORES E SEU PROCESSO DE APRENDIZADO

Vera Collaço
2011 O Teatro Transcende  
No texto denominado, em sua tradução para o espanhol, Una Polémica sobre dirección, Constantin Stanislavski aborda a difícil questão sobre a formação do artista, e, no caso em foco, a polêmica girava em torno da formação do (da) encenador(a). O mestre russo afirmava com todas as letras: "Mi experiencia me dice que no se pude crear un director, un director nace" (1988, p. 145). Porém, abrindo o campo para o trabalho pedagógico no qual ele acreditava, Stanislavski observava: "Es posible crear una
more » ... atmósfera favorable en la cual él pueda desarrollarse". (1988, p, 145). Portanto, na perspectiva stanislavskiana "existen directores que se hacen y directores que nacen" (1988, p. 145). Gosto muito da frase colocada por De Marinis ao abordar a formação do (da) diretor(a): "[...] se trata de un oficio que no se puede enseñar, sino sólo aprender" (2005, p. 153). Com este aparente jogo de palavras entre ensinar e aprender, De Marinis aponta na mesma direção colocada acima pelas palavras de Stanislavski. Ou ainda com as palavras de Grotowski, que define este ser do espetáculo como sendo "[...] alguien que enseña a los otros algo que el mismo no sabe hacer". Ele continua a descrever esta personagem como alguém que tem um domínio de uma técnica precisa e complexa. Mas, quanto à formação deste atuante cênico ele observa: "Só que não se pode receber essa técnica em escola alguma, a aprendemos só com o trabalho" (2007, p. 214).
doi:10.7867/2236-6644.2011v16n2p15-29 fatcat:vv3xviqzevakdlwo6s7rnbg4am