A dispersão das atividades urbanas está diretamente associada com a dependência da população quanto ao transporte. Foi através da evolução dos meios de transportes que se chegou à configuração espacial hoje existente nas principais cidades brasileiras. Em virtude disso, as atividades mais usuais da população (como trabalho, estudo, lazer, compras etc.) e as suas localizações geram viagens com características específicas quanto ao itinerário, modo de transporte e horário. Dependendo da forma

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... as cidades se desenvolvem, principalmente em relação a alguns aspectos de natureza física, pode-se ter maior ou menor gasto de energia para realizar as viagens necessárias ao meio urbano, decorrência do uso do automóvel ou do transporte coletivo. A difusão do uso do automóvel induziu à urbanização acelerada e desordenada, desfavorável à racionalização e economia no emprego do combustível. Este aspecto tem fomentado inúmeros debates na literatura nacional e internacional sobre planejamento urbano, inclusive a uma discussão acerca da hipótese de que a densidade urbana tem significativa influência no consumo de energia. Este consumo pode ser medido, em parte, pelo combustível que é gasto com os meios de transportes utilizados no meio urbano. De forma a contribuir para estes debates, o objetivo principal deste trabalho é analisar a situação atual das capitais brasileiras quanto à sua configuração espacial e ao seu consumo de energia com transportes. Para tal, procura-se identificar como algumas variáveis relacionadas à forma urbana interferem com o gasto com energia para transportes nestas cidades. O desenvolvimento do trabalho se dá da seguinte forma: o próximo item mostra uma breve revisão de literatura sobre o impacto de cidades (e/ou regiões) mais ou menos adensadas no consumo de energia 75 Uma avaliação do consumo de energia por transportes nas capitais brasileiras