INFERÊNCIA EM ECOLOGIA: COMENTÁRIOS E UM EXEMPLO release_hv32yf63snavzic55wjtaevaii

by Inferência Em Ecologia Atlântica, Rio Grande

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2008   Volume 30

Abstract

Postal 476; CEP 88010970; Florianópolis-SC; humber@inf.ufsc.br 2 Univ. Fed. do Rio Grande (FURG); Caixa Postal 474; CEP 96201900; Rio Grande-RS; dmtkinas@furg.br RESUMO A estimativa de intervalos de confiança e a realização de testes de hipóteses são componentes da inferência estatística fundamentais em estudos na área de ecologia quantitativa. Os procedimentos de inferência são freqüentemente utilizados por pesquisadores nas avaliações de questões e afirmações de cunho científico. Pelo menos três procedimentos podem ser utilizados para a realização de inferências. Neste trabalho avaliamos estes procedimentos com a análise de um exemplo de ecologia. Concluímos que a abordagem bayesiana é vantajosa, pois propicia que o pesquisador obtenha respostas diretas para as questões relevantes de um estudo de ecologia. PALAVRAS-CHAVE: intervalo de confiança, teste de hipótese, análise Bayesiana ABSTRACT Inference in ecology: comments and an example Statistical confidence intervals and hypotheses tests are important components of ecological studies. Inference tools are often used by researchers when they assess scientific questions and statements. At least three procedures could be used in inference. In this paper we evaluated those procedures when analyzing an example of ecology. We show that the Bayesian approach is in advantage because it allows the researchers to easily answer the relevant questions in ecological studies. INFERÊNCIA Em diversas situações no decorrer do estudo de um problema ecológico tem-se interesse em tirar conclusões sobre um "todo" (população) a partir do estudo de uma "parte" (amostra) ou, fazer previsões para o futuro com base na experiência acumulada no passado. Por exemplo, poderíamos estar interessados em avaliar o peso médio de todos os organismos de uma dada espécie, a partir de informações sobre os pesos de alguns destes organismos, ou prever a resposta dessa espécie a determinado impacto ambiental. Esse processo de estudar um caso específico e a subseqüente tentativa de se tirar conclusões sobre o caso mais genérico é denominado "indução". O processo inverso, em que se parte de um conhecimento genérico para tirar uma conclusão sobre uma especificidade, é denominado "dedução". O principal campo de aplicação do procedimento dedutivo é o da matemática pura, que se ocupa com a elaboração de conseqüências a partir de regras pré-estabelecidas. Por exemplo, se nós sabemos que 30% dos inivíduos de uma dada espécie apresentam determinada mutação genética, o processo dedutivo, com o uso de uma distribuição de probabilidade binomial, nos permite dizer que em uma amostra de 10 indivíduos a probabilidade de que 5 ou mais apresentem a mutação é 4,7%. No entanto, na maioria dos estudos ecológicos não temos de fato acesso a população toda e temos então que lidar com o desafio de fazer generalizações a partir de uma amostra. No exemplo acima, isto equivale a responder a mesma pergunta sem, no entanto, conhecer a proporção de mutações na população. Isto implica que na prática científica temos que utilizar a lógica indutiva (raciocinar da parte para o todo) ao invés da lógica dedutiva (raciocinar do todo para a parte). Quando utilizamos algumas técnicas e procedimentos para se fazer uma indução, dizemos que estamos fazendo uma inferência estatística. O papel da inferência estatística na ciência é atualmente crucial (Salsburg, 2002). Na época contemporânea praticamente nenhuma descoberta, hipótese ou pretenso avanço é considerado cientificamente válido se não estiver referendado por inferências estatísticas, que podem ser realizadas a partir de diferentes abordagens. Este trabalho apresenta uma comparação entre essas abordagens, ilustrando-as com um exemplo prático.
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Type  article-journal
Stage   unknown
Year   2008
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Revision: c20745fb-a5d7-41ec-803d-4599cd9e4f0a
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